Tempo do consumidor tem valor.
As horas desperdiçadas pelos clientes tentando resolver seus problemas com as empresas tem valor. Os fornecedores de serviços e produtos não podem se preocupar apenas em vender, devem também atender seus fregueses quando houver um problema, na teoria era o que deveria acontecer, porém sempre que são procurados pelos usuários para reclamarem ou solicitarem um cancelamento não atendem como deveriam. Com isso o número de sentenças judiciais no ano passado passou de 852 para 1.785 esse número foi o de decisões em segunda instância, onde considerarão as horas desperdiçadas no esforço de resolver.
O princípio do “desvio produtivo do consumidor”, executado pelo advogado Marcos Dessaune, autor de dois livros sobre o tema, defende a indenização pelo gasto do tempo vital do indivíduo e pelo desvio de suas tarefas diárias.
“O consumidor atravessa uma via-crúcis para reclamar de um produto com defeito. E esse tempo tem um valor que pode ser convertido em moeda. Há uma hora em que o juiz tem que ser firme para ser didático e mudar uma conduta abusiva. E, infelizmente, na maioria das vezes, isso só tem se mostrado eficaz quando mexe com o bolso das empresas”, relata a ministra, que votou favorável à varejista receber produto defeituoso na loja e se responsabilizar pela solução do problema.
Conforme o diretor de Autorregulação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Amaury Oliva, os bancos colocam medidas para agradar os consumidores pelos períodos gastos para resolver seus problemas. É o que apelidam de indicador de esforço. “Há investimentos em todos canais de atendimento para dar mais eficácia e agilidade. Quem não investir na redução desse esforço, vai ficar fora do mercado.”
Caso você se sinta lesado de alguma forma, acesse a plataforma do advogado online para defesa do consumidor e saiba como defender seus direitos.