Casacos 100% reciclados “made in Covilhã” que já foram à Semana da Moda de Berlim.
A designer Cristiana Costa, de 23 anos, se mudou de Lisboa para Covilhã para produzir e lançar suas roupas ecológicas, feitas de material reciclado. Projeto fez com que ela ganhasse uma menção honrosa da Yves Rocher e o prémio Startup Voucher do IAPMEI.
Há dois anos, logo após terminar seu curso de Design de Moda na Universidade da Beira Interior (UBI), ela resolveu criar sua marca Näz, voltada para o publico feminino que se preocupa com a sustentabilidade. Criou um ateliê onde da azas a sua criatividade, fazendo peças com tecidos reciclados. Fez um investimento de 6 mil euros em maquinaria e não está arrependida, até porque já exporta para vários países.
“Foi um projeto dentro do meu mestrado. Com o apoio da universidade e com toda a história têxtil quis desenvolver o projeto cá. Já estive na semana da Moda em Berlim e já temos as nossas coleções em 25 lojas, na Bélgica, Holanda, Alemanha, Áustria, Suíça, Alemanha, França”, realça a jovem empreendedora, que não se queixa das vendas.
Sua loja, a Näz Moda sustentável, deu trabalho a três pessoas diminuindo o impacto ambiental. A marca de moda portuguesa sugere vestuários para mulheres que se preocupam com o ambiente, aproveitando desperdício têxtil e utilizando processos de reciclagem. As roupas são produzidas com fibra reciclada, material que era desperdiçado em fábricas de tecido e hoje são reaproveitados. Nesse momento, está decidida a lançar um novo olhar sobre as fábricas da região.
“Não há necessidade de criar nova fibra, trabalhamos com empresas da região que fazem os tecidos a partir de fibras 100% recicláveis, são os desperdícios das fábricas. Em Portugal 15% do tecido é desperdiçado durante o processo de confecção, os forros, por exemplo, também são feitos a partir de desperdício aqui da zona. Os casacos são maioritariamente de lã, são muito quentinhos”, garante.
Cristiana Costa com o seu projeto conseguiu uma menção honrosa da Yves Rocher e o prémio Startup Voucher do IAPMEI. Também foi destacada com uma menção especial na 9.ª Edição do Prémio Terre de Femmes.